Nada.
Tudo o que eu queria era ser nada. Nada não tem preocupações. Não tem casos, nem conflitos, nem preocupaões quanto ao calor, ao inverno. Não escolhe roupa pra sair, tampouco tem contas pra pagar.
Penso eu, caso tivesse a opção, escolheria ser o nada.
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Estou com bloqueios. Já não consigo andar na rua sem pensar em tudo. Toda hora estou pensando, imaginando e visualizando horrores. Em cada esquina eu vejo uma sensação diferente na copa de uma árvore. E o fato dela ficar me seguindo o dia inteiro, me perturba. Tenho o receio de nunca mais conseguir pensar em nada.
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Apagão. Geral, na rua inteira. Pega-se as velas, lanternas e lá vai o povão, pras garagens. A TV, pobre coitada, companheira de todas as noites, emudece diante do fato. As crianças aproveitam pra brincar de pique-esconde. Os adolescentes, vencem algumas barreiras, e os mais ousados, até queimam algumas etapas. As vizinhas se põem a tricotar as fofocas mais absurdas, parecendo um bando de urubus, com suas grandes asas, garras afiadas, apenas observando o movimento noturno, e confessando os segredos dos outros...
bjos e abraços
carta para a minha Princesa
Há 12 anos
Um comentário:
A verdade é que nada é necessário e tudo é possível, principalmente quando o apagão nos pega desprevinidos...
Beijos!
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