O areia da praia salgava seus sapatos. Tinha tirado o dia pra descansar. Tirado a roupa pra tomar sol. Tirado a alma, pra viver mais leve e sem culpa.
Esperava ansiosamente o retorno das cartas de amor, mandadas com tanto ardor e paixão, como uma fogueira em pleno verão. Tinha grandes olhos, uma risada gostosa, cheia de infância... Amava a cor de sua pele, e não tinha paciência para o que escutava. Mas escutava calada.
Sentia-se só. Não tinha medo de falar, e então cuspia as palavras, de modo polido, mirando, tomando cuidado para acertar onde queria. Deixáva o alvo, sem defesas, frustrado com as escolhas feitas. Sem palavras, feria, e se referia à moral, como algo indefinido...
carta para a minha Princesa
Há 12 anos
4 comentários:
Lindoo!
Lindo!
Lindo!!
Lindo!!!
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